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Entrevista a Óscar Cano por Martí Perarnau


Óscar Cano Moreno

- "O futebol é um continuum: sempre estamos atacando e defendendo."

- "Juanma Lillo é a pessoa que pode fundamentar melhor essa ideologia do Jogo de Posição e que tal ideia chegue ao relvado. Ele é o autêntico génio da história do futebol sob o meu ponto de vista e com muita diferença em relação aos restantes."

- "O Sevilha FC (2016/2017) é uma equipa com uma riqueza conceptual que levávamos muito tempo sem ver. É uma equipa em que se vê essa expressão de que em campo, todos e cada um dos jogadores levam tempo para fazer as coisas."

- "Na 1ª parte do Sevilha FC x FC Barcelona percebi que todos e cada um dos jogadores sevilhistas, pouco acostumados a esta arte, tomavam o tempo adequado para destroçar absolutamente qualquer tentativa de pressão adiantada do Barça de um modo brutal, de uma maneira muito ordenada e paciente, permitindo-se na sequência, à medida que a equipa ia ganhando altura, que aparecesse essa velocidade e as possibilidades de desequilibrar que têm os seus jogadores importantes."

- "Em princípio, no dia a dia, o que há que fazer é ir aos campos de jogo, jogar futebol. A única maneira de se "preparar para" é fazer aquilo que vais ter que fazer no dia da competição. Vamos jogar para jogar. O melhor é fazermos aquilo que vamos ter que fazer ao domingo, que é jogar futebol."

- Dentro do contexto futebol, que é um contexto incerto, eu só posso presumir o que vais tu fazer ou de que maneira nos vai defender uma equipa, se nos virão buscar acima ou não... a incerteza é o elemento determinante na aprendizagem. Por exemplo, no 2º ano do Barça de Pep Guardiola nenhum adversário ia buscá-lo acima até que Mendilibar (no Valladolid) e Paco Jémez (no Rayo Vallecano) decidiram ir buscá-los acima. Perante a aparição destes estímulos novos, desconhecidos porque ninguém os fazia, o Barça foi bloqueado, assim a incerteza foi o motor de novas aprendizagens. Valdés teve que ter presente nas suas decisões a gente que estava nos espaços intermédios, já não podia jogar com próximos ou os próximos tiveram que separar-se de outra forma, ou igual intervindo outro elemento e Xavi teve que baixar uma altura para ser beneficiário desses primeiros passos do ataque, e Dani Alves também teve de corrigir a altura a que costumava receber, os Interiores tiveram que modificar determinadas condutas, etc. E no final todos estes novos comportamentos coletivos são futuras soluções que apareceram porque uma grande incerteza (a pressão alta do adversário) fez ato de presença."

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